quarta-feira, 22 de outubro de 2008

William Waldorf Astor



Fazendo diferença

Numa noite tempestuosa, há muitos anos atrás, um senhor idoso e sua esposa entraram no saguão de um pequeno hotel em Filadélfia. O homem levou a esposa até uma poltrona e depois se dirigiu à recepção.

- Todos os grandes hotéis da cidade estão cheios. Por favor, vocês teriam um lugar para nós?

O funcionário explicou que, como se realizavam três convenções na cidade, não havia nenhum quarto disponível em nenhum lugar.

- Todos os nossos quartos também estão cheios - disse ele. Todavia, não posso deixar um casal simpático como vocês sair na chuva à uma da manhã. Estariam dispostos a dormir no meu quarto?

O homem replicou que não gostaria de privá-lo de seu quarto, mas o recepcionista insistiu:

- Não se preocupe, eu me arranjo.

Na manhã seguinte, ao pagar a conta, o velho disse ao rapaz:

- Você é o tipo de pessoa que deveria gerenciar o melhor hotel do país. Talvez um dia eu construa um para você.

O rapaz olhou para o casal e sorriu. Os três acabaram rindo e muito. A seguir ele os ajudou a levar as malas até a rua. Dois anos se passaram, e o recepcionista já se esquecera do incidente, quando recebeu uma carta daquele senhor. Nela ele relembrava a noite de tempestade e incluía uma passagem de ida e volta a Nova Iorque.

Quando o moço chegou a Nova Iorque, o homem levou-o à esquina da Quinta Avenida com a rua Trinta e Quatro e apontou para um enorme prédio, um verdadeiro palácio de pedras avermelhadas com torres e vigias, como um castelo de fadas elevando-se até o céu.

- Esse - disse o homem - é o hotel que acabei de construir para você tomar conta.

- O senhor deve estar brincando - falou o jovem, sem saber se devia ou não acreditar nas palavras do outro.

- Não estou brincando não - respondeu o outro com um sorriso travesso.

- Afinal de contas, quem é o senhor?

- Meu nome é William Waldorf Astor. Estamos dando ao hotel o nome de Waldorf Astoria e você vai ser seu primeiro gerente.

O nome do rapaz era George C. Boldt, e essa é a história de como ele saiu de um pequeno e medíocre hotel em Filadélfia para tornar-se gerente do que era então um dos hotéis mais finos do mundo.

Astor sabia que a bondade demonstrada por Boldt fora espontânea, sem pensar em tirar qualquer proveito dela, e por isso teve início uma amizade que superou todas as barreiras de status social e financeiro.

O recepcionista - que certamente recebia apenas um modesto ordenado - decidiu ajudar um estranho por perceber a sua real necessidade. Mal sabia ele que estava cedendo seu quarto a um dos homens mais ricos daquele país. Ele poderia muito bem ser apenas mais um homem de negócios, à procura de um quarto naquela noite tempestuosa e fria.

Por outro lado, aquela semente de amizade, uma vez plantada, germinou para o recepcionista na forma de um cargo muito superior e de maior prosperidade financeira.

Narrei essa história aqui por uma única razão. Devemos sempre tratar as pessoas com o melhor de nosso coração. Quer aqueles a quem ajudemos sejam pobres, ricos, de classe média, negros, brancos, amarelos ou pardos, tudo o que se espera de nós é que lhes estendamos uma palavra, um gesto de amizade.

Se o fizermos com o fito de obter lucro, já teremos recebido a nossa recompensa e tudo termina aí. Mas, se nos mostrarmos generosamente solícitos, e compadecidos daqueles que nos rodeiam, seremos abençoados para sempre. Não ligue para as barreiras tolas levantadas pela sociedade ou medos alimentados pela própria pessoa.

Avance confiante e faça diferença.

'O coração do homem é como um moinho que trabalha sem parar. Se não há nada para moer, corre o risco de triturar a si mesmo.'

Martinho Lutero

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