sexta-feira, 17 de junho de 2011

Jordânia - Mar Morto (vídeo: Ancient Aliens, Lugares Misteriosos)

O Mar Morto é um mar de água salgada do Oriente Médio. Com uma superfície de aproximadamente 1050Km2, correspondente a um comprimento máximo de 80Km e a uma largura de máxima de 18Km, é alimentado pelo Rio Jordão e banha a Jordânia, Israel e a Cisjordânia. Nos últimos 50 anos, o Mar Morto perdeu um terço da sua superfície, em grande parte por causa da exploração excessiva de seu afluente, única fonte de água doce da região, para além da natural evaporação das suas águas. Contudo, os especialistas são de opinião que, dentro de alguns anos, esta perda tenderá a estabilizar paralelamente à estudos que levem à sua conservação e preservação, portanto, o desaparecimento do Mar Morto não aconteceria, segundo estes, nem hoje nem no futuro. Embora a vida não seja possível nessas condições, a fama das águas do Mar Morto é mundial, pelas características terapêuticas de seus 21 minerais, 12 dos quais não são encontrados em nenhum outro lugar. O nome Mar Morto foi dado em virtude do fato de o grande teor de sal de suas águas não permitir o desenvolvimento de nenhum tipo de vida. Concentração média de sais minerais, nesse mar, é de 280 gramas por litro, quando a média geral do índice de salinização nos mares é de 35 g/l.

As águas do Mar Morto têm uma percentagem de sal que não tem comparação com nenhuma concentração de água salgada existente em qualquer lugar do mundo.
Isso também determina a presença de outros minerais e a grande densidade da água que fica tão viscosa como óleo. O Mar Morto, um grande lago situado entre Israel e Jordânia, é considerado o lugar habitado mais baixo do planeta, pois está a um pouco mais de 400 metros abaixo do nível do mar. A pressão atmosférica é a mais elevada do planeta e na sua atmosfera há uma taxa de oxigênio 15% superior a do nível do mar.

O acadêmico israelita Dr. Israel Knohl, presidente do Departamento Bíblico da Universidade Hebraica de Jerusalém e professor convidado nas universidades de Berkeley e de Stanford, apresenta no seu livro: "The Messiah Before Jesus" (O Messias antes de Jesus), com base nestes pergaminhos, a tese de que à volta do ano do nascimento de Jesus Cristo tinha falecido um suposto Messias, chamado Menahem, o essénio, em circunstâncias semelhantes àquelas em que o próprio Jesus mais tarde viria a morrer. Jesus teria tido conhecimento desta história.

Menahem, ou Menachem, o líder de uma seita judaica de Qumran, anunciava aos seus seguidores uma nova era. Tentou liderar uma revolta contra os Romanos, mas acabou morto por estes, que proibiram que o seu corpo fosse enterrado; após três dias os discípulos de Menachem afirmaram que tinha ressuscitado e ido para o céu. Este grupo de discípulos, ao contrário dos cristãos, logo se dissipou. Este Menahem teria, segunto Knohl, falecido por volta de 4 a.C.

Um outro académico, o cristão Michael Wise, professor nos Estados Unidos, afirma que o messias dos pergaminhos se chamava Judah e morreu de forma violenta por volta de 72 a.C. Wise publicou o livro "The First Messiah" em 1999.

A associação de Jesus Cristo com a seita dos essênios ou sua influência sobre estes é controversa. Os essênios, que viviam em comunidades isoladas, tinham conceitos muito diferentes dos das outras seitas judaicas (Saduceus, Fariseus) sobre a Lei de Moisés. Preocupavam-se em especial com a purificação pessoal, eram geralmente celibatários e vestígios encontrados nas cavernas de Qumran indicam que se vestiam apenas com túnicas brancas e acessórios simples. Havia uma interpretação muito rígida da guarda do sábado, pois segundo suas regras, até fazer suas necessidades fisiológicas era considerado violação do sábado. É difícil conciliar ensinamentos tão rígidos da seita dos essênios com os ensinamentos de Jesus Cristo, que chegou a ser acusado pelos líderes da seita dos fariseus de violar o sábado e era visto com cobradores de impostos e pecadores, algo inadmissível para os moradores de Qumran. Note-se porém que os relatos dos cristãos sobre os fariseus distorcem por vezes a realidade, tentando criar uma maior diferença entre os fariseus e os cristãos.

A região possui uma situação climática muito especial pois a alta pressão atmosférica e a grande concentração de oxigênio no ar, maior do que no resto do mundo, melhora a filtragem dos raios prejudiciais do sol e isso tudo em pleno deserto!

Também é famoso por seus mananciais térmicos e pela lama negra que é aplicada no corpo para limpeza da pele e melhoria da circulação sangüínea e da função respiratória

Os Pergaminhos do Mar Morto, ou manuscritos do Mar Morto são uma coleção de cerca de 850 documentos, incluindo textos da Bíblia Hebraica (Antigo Testamento), que foram descobertos entre 1947 e 1956 em 11 cavernas próximo de Qumran, uma fortaleza a noroeste do Mar Morto, em Israel (em tempos históricos uma parte da Judéia).

Eles foram escritos em Hebraico, Aramaico e grego, entre o século II a.C. e o primeiro século depois de Cristo. Foram encontrados mais de oitocentos textos, representando vários pontos de vista, incluindo as crenças dos Essénios e outras seitas. Os textos são importantes por serem praticamente os únicos documentos bíblicos judaicos hoje existentes relativos a este período e porque eles podem explicar muito sobre o contexto político e religioso nos tempos do nascimento do Cristianismo. Os pergaminhos contêm pelo menos um fragmento de todos os livros do das escrituras hebraicas, exceto o livro de Ester.

Além de fragmentos bíblicos, contêm regras da comunidade, escritos apócrifos, filactérios, calendários e outros documentos. Antes da descoberta dos Rolos do Mar Morto, os manuscritos mais antigos das Escrituras Hebraicas datavam da época do nono e do décimo século EC. Havia muitas duvidas se se podía mesmo confiar nesses manuscritos como cópias fiéis de manuscritos mais antigos, visto que a escrita das Escrituras Hebraicas fora completada bem mais de mil anos antes.

Mas o Professor Julio Trebolle Barrera, membro da equipe internacional de editores dos Rolos do Mar Morto, declarou: “O Rolo de Isaías [de Qumran] fornece prova irrefutável de que a transmissão do texto bíblico, durante um período de mais de mil anos pelas mãos de copistas judeus, foi extremamente fiel e cuidadosa.”

O rolo mencionado por Barrera contém o inteiro livro de Isaías. Diferentemente do Rolo de Isaías, a maioria deles é representada apenas por fragmentos, com menos de um décimo de qualquer dos livros. Os livros bíblicos mais populares em Qumran eram os Salmos (36 exemplares), Deuteronômio (29 exemplares) e Isaías (21 exemplares). Estes são também os livros mais freqüentemente citados nas Escrituras Gregas Cristãs. Embora os rolos demonstrem que a Bíblia não sofreu mudanças fundamentais, eles também revelam, até certo ponto, que havia versões diferentes dos textos bíblicos hebraicos usadas pelos judeus no período do Segundo Templo, cada uma com as suas próprias variações. Nem todos os rolos são idênticos ao texto massorético na grafia e na fraseologia. Alguns se aproximam mais da Septuaginta grega. Anteriormente, os eruditos achavam que as diferenças na Septuaginta talvez resultassem de erros ou mesmo de invenções deliberadas do tradutor. Agora, os rolos revelam que muitas das diferenças realmente se deviam a variações no texto hebraico. Isto talvez explique alguns dos casos em que os primeiros cristãos citavam textos das Escrituras Hebraicas usando fraseologia diferente do texto massorético. — Êxodo 1:5; Atos 7:14. Assim, este tesouro de rolos e fragmentos bíblicos fornece uma excelente base para o estudo da transmissão do texto bíblico hebraico. Os Rolos do Mar Morto confirmaram o valor tanto da Septuaginta como do Pentateuco samaritano para a comparação textual.

Os pergaminhos Fornecem uma fonte adicional para os tradutores da Bíblia considerarem possíveis emendas ao texto massorético. Por exemplo, em vários casos, eles confirmam decisões feitas pela Comissão da Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas, para restaurar o Nome de Deus nos lugares onde havia sido removido do texto massorético.

Os rolos que descrevem as normas e as crenças da seita de Qumran tornam bem claro que não havia apenas uma forma de judaísmo no tempo de Jesus. A seita de Qumran tinha tradições diferentes daquelas dos fariseus e dos saduceus. É provável que essas diferenças tenham levado a seita a se retirar para o ermo. Eles se encaravam como cumprindo Isaías 40:3 a respeito duma voz no ermo para tornar reta a estrada de YHWH. Diversos fragmentos de rolos mencionam o Messias, cuja vinda era encarada como iminente pelos autores deles. Isso é de interesse especial por causa do comentário de Lucas, de que “o povo estava em expectativa” da vinda do Messias. — Lucas 3:15. Os Rolos do Mar Morto ajudam até certo ponto a compreender o contexto da vida judaica no tempo em que Jesus pregava. Fornecem informações comparativas para o estudo do hebraico antigo e do texto da Bíblia. Mas o texto de muitos dos Rolos do Mar Morto ainda exige uma análise mais de perto. Portanto, é possível que haja mais revelações. Deveras, a maior descoberta arqueológica do século XX continua a empolgar tanto eruditos como estudantes da Bíblia...

Contudo, os especialistas, são de opinião que, dentro de alguns anos, esta perda tenderá a estabilizar, ao mesmo tempo que procedem a estudos que levem à sua conservação e preservação, pelo que o desaparecimento do Mar Morto não se coloca, segundo estes, nem hoje nem no futuro. Para já, a contínua perda das suas águas (que, como já se referiu, tem as suas causas, próximas, na cada vez maior captação das águas do Rio Jordão, por parte das autoridades de Israel e da Jordânia, vai continuar a levar a uma redução da sua área e um afundamento, relativamente ao nível médio das águas do Mar Mediterrâneo.

No ano de 2004, este nível estava acerca de 417 metros abaixo do nível médio do Mar Mediterrâneo, o que faz com que seja a maior depressão do mundo, e a tendência é para aumentar este desnível durante o século XXI. O Mar Morto tem esse nome devido ao fato de a quantidade de sal que contém ser seis vezes superior à dos restantes oceanos, o que torna impossível qualquer forma de vida – flora ou fauna - nas suas águas. Qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão morre imediatamente, assim que deságua neste lago de água salgada. A sua água é composta por vários tipos de sais, alguns dos quais só se encontram nesta região do mundo.

Em termos de concentração e em comparação com a concentração média dos restantes oceanos, em que o valor de gramas de sal, por cem mililitros de água, não passa de três gramas, no Mar Morto essa taxa é de 30 a 35 gramas de sal por 100 mililitros de água, ou seja, dez vezes superior. A designação de Mar Morto só passou a ser utilizada a partir do século II, depois de Cristo. Ao longo dos séculos anteriores, outros e vários foram os nomes com que era conhecido e disso nos dá conta, entre outras fontes, a Bíblia Sagrada, concretamente alguns dos Livros do Antigo Testamento.

Assim, nos Livros Génesis 14,3 e Josué 3,16 aparece com o nome de mar Salgado.
Com o nome de mar de Arabá aparece em Deuteronómio 3,17 e em II Reis 14,25.
Já em Joel 2,20 e Zacarias 14,8 surge como mar Oriental. Ein Gedi, oásis as margens do Mar Morto. Aqui foi onde David se escondeu da ira do rei Saul.

Fora da Bíblia Sagrada, Flávio Josefo chamou-lhe lago de Asfalto e o Talmude designou-o por mar de Sodoma, mar de Lot entre outros nomes que ele recebeu.

Link para arquivo de imagens:
http://www.4shared.com/file/J1mtb73M/Jordnia_-_Petra_e_Mar_Morto.html

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