domingo, 25 de março de 2012

Ucrânia - Kiev (Cossacos e FEMEN)

A Ucrânia é um país da Europa Oriental. Faz fronteira a norte com a Bielorrússia, a norte e a leste com a Rússia, a sul com o Mar de Azov e o Mar Negro, e a oeste com a Romênia, a Moldávia, a Hungria, a Eslováquia e a Polónia. Sua capital é Kiev, maior cidade do país em população.

O atual território da Ucrânia foi, pelo menos desde o século IX, o centro da civilização eslava oriental que veio a formar a Rússia Kievana, antecessor da Rússia, da Ucrânia e da Bielorrússia. A longo dos séculos seguintes, a região foi partilhada entre as potências regionais. Após um período de independência (1917-1921) em seguida à Revolução Russa, a Ucrânia tornou-se em 1922 uma das Repúblicas Soviéticas fundadoras da URSS. O território da República Socialista Soviética da Ucrânia foi ampliado na direção oeste após a Segunda Guerra Mundial e, novamente, em 1954, com a transferência da Crimeia. A Ucrânia ganhou sua independência após o colapso da União Soviética em 1991, tornando-se um Estado soberano.


Monasterios Cuevas de Kiev
Durante os séculos X e XI, o território da Ucrânia tornou-se o centro de um Estado poderoso e prestigioso na Europa, a Rússia Kievana, o que estabeleceu a base das identidades nacionais ucraniana e das demais nações eslavas orientais nos séculos subsequentes. A capital do principado era Kiev, conquistada aos cazares por Askold e Dir por volta de 860. Conforme a Crônica Nestoriana, a elite do principado era formada, de início, por varegues provenientes da Escandinávia que foram mais tarde assimilados à população local de modo a formar a dinastia Rurik. O Principado de Kiev era formado por diversos domínios governados por príncipes ruríkidas aparentados. Kiev, o mais influente de todos os domínios, era cobiçada pelos diversos membros da dinastia, o que levava a enfrentamentos frequentemente sangrentos. A Era Dourada do principado coincide com os reinados de Vladimir, o Grande (Volodymyr, 980-1015), que aproximou o seu Estado do cristianismo bizantino, e seu filho Yaroslav, o Sábio (1019-1054), que viu o principado atingir o zênite cultural e militar. O processo de fragmentação que se seguiu foi interrompido, em alguma medida, pelos reinados de Vladimir Monomakh (1113-1125) e de seu filho Mstislav (1125-1132), mas o território terminou por desintegrar-se em entidades separadas após a morte daquele último príncipe. A invasão mongol do século XIII conferiu ao principado o golpe de misericórdia, do qual nunca se recuperaria.

Na Ucrânia localiza-se a maior usina solar na europa.
Na região correspondente ao atual território da Ucrânia, sucedeu ao Principado de Kiev os Principados de Halych e de Volodymyr-Volynskyi, posteriormente fundidos no Estado da Halych-Volynia. Em meados do século XIV, o Estado foi conquistado por Casimiro IV da Polônia, enquanto que o cerne do antigo Principado de Kiev - inclusive a cidade de Kiev - passou ao controle do Grão-Ducado da Lituânia. O casamento do Grão-Duque Jagelão da Lituânia com a Rainha Edviges da Polônia pôs sob controle dos soberanos lituanos a maior parte do território ucraniano. Por força da União de Lublin, de 1569, que criou a Comunidade Polaco-Lituana, uma porção considerável do território ucraniano passou do controle lituano para o polonês, transferido para a coroa da Polônia. Sob pressão de um processo de "polonização", a maior parte da elite rutena (isto é, eslava ou eslavizada, mesmo que de origem lituana) converteu-se ao catolicismo. O povo, porém, manteve-se fiel à Igreja Ortodoxa, o que levou ao surgimento de tensões sociais demonstradas, por exemplo, pela União de Brest, de 1596, pela qual Sigismundo III Vasa tentou criar uma Igreja Católica Grega Ucraniana vinculada à Igreja Católica Romana. Os plebeus ucranianos, vendo-se sem a proteção da nobreza rutena - cada vez mais convertida ao catolicismo romano - voltou-se para os cossacos (fervorosamente ortodoxos) em busca de segurança.

Em meados do século XVII, um quase-Estado cossaco, o Zaporozhian Sich, foi criado pelos cossacos do Dniepre e pelos camponeses rutenos que fugiam da servidão polonesa. A Polônia não tinha o controle efetivo daquela área, hoje no centro da Ucrânia, que se tornou então um Estado autônomo militarizado, ocasionalmente aliado à Comunidade. Entretanto, a servidão do campesinato pela nobreza polonesa, a ênfase da economia agrária da Comunidade na exploração da mão-de-obra servil e, talvez a razão mais importante, a supressão da fé ortodoxa terminaram por afastar os cossacos e a Polônia. Assim, os cossacos voltaram-se para a Igreja Ortodoxa Russa, o que levaria eventualmente à queda da Comunidade Polaco-Lituana. A grande rebelião cossaca de 1648 contra a Comunidade e o Rei João II Casimiro levou à partilha da Ucrânia entre a Polônia e a Rússia, após o tratado de Pereyaslav e a Guerra Russo-Polonesa. Com as partilhas da Polônia no final do século XVIII entre a Prússia, a Áustria e a Rússia, o território correspondente à atual Ucrânia foi dividido entre os Impérios Austríaco e Russo, aquele anexando a Ucrânia Ocidental (com o nome de província da Galícia), este incorporando o restante do território ucraniano. Em que pese o fato de que as promessas de autonomia da Ucrânia conferidas pelo tratado de Pereyaslav nunca se materializaram, os ucranianos tiveram um papel importante no seio do Império Russo, participando das guerras contra as monarquias europeias orientais e o Império Otomano e ascendendo por vezes aos mais altos postos da administração imperial e eclesiástica russa. Posteriormente, o regime tzarista passou a executar uma dura política de "russificação", proibindo o uso da língua ucraniana nas publicações e em público.


O colapso dos Impérios Russo e Austríaco após a Primeira Guerra Mundial, bem como a Revolução Russa de 1917, permitiram o ressurgimento do movimento nacional ucraniano em prol da auto-determinação. Entre 1917 e 1920, diversos Estados ucranianos se declararam independentes: o Rada Central, o Hetmanato, o Diretório, a República Popular Ucraniana e a República Popular Ucraniana Ocidental. Contudo, a derrota daquela última na Guerra Polaco-Ucraniana e o fracasso polonês na Ofensiva de Kiev (1920) da Guerra Polaco-Soviética fizeram com que a Paz de Riga, celebrada entre a Polônia e os bolcheviques em março de 1921, voltasse a dividir a Ucrânia. A porção ocidental foi incorporada à nova Segunda República Polonesa e a parte maior, no centro e no leste, transformou-se na República Socialista Soviética Ucraniana em março de 1919, posteriormente unida à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, quando esta foi criada, em dezembro de 1922. O ideal nacional ucraniano sobreviveu durante os primeiros anos sob os soviéticos. A cultura e a língua ucranianas conheceram um florescimento quando da adoção da política soviética de nacionalidades. Seus ganhos foram postos a perder com as mudanças políticas dos anos 1930. A industrialização soviética teve início da Ucrânia a partir do final dos anos 1920, o que levou a produção industrial do país a quadruplicar nos anos 1930. O processo impôs um custo elevado ao campesinato, demograficamente a espinha dorsal da nação ucraniana. Para atender a necessidade de maiores suprimentos de alimentos e para financiar a industrialização, Stálin estabeleceu um programa de coletivização da agricultura pelo qual o Estado combinava as terras e rebanhos dos camponeses em fazendas coletivas. O processo era garantido pela atuação dos militares e da polícia secreta: os que resistiam eram presos e deportados. Os camponeses viam-se obrigados a lidar com os efeitos devastadores da coletivização sobre a produtividade agrícola e as exigências de quotas de produção ampliadas. Tendo em vista que os integrantes das fazendas coletivas não estavam autorizados a receber grãos até completaram as suas impossíveis quotas de produção, a fome tornou-se generalizada. Este processo histórico, conhecido como Holodomor (ou Genocídio Ucraniano), levou milhões de pessoas a morrer de fome. Na mesma época, os soviéticos acusaram a elite política e cultural ucraniana de "desvios nacionalistas", quando as políticas de nacionalidades foram revertidas no início dos anos 1930. Duas ondas de expurgos (1929-1934 e 1936-1938) resultaram na eliminação de quatro-quintos da elite cultural da Ucrânia.


Durante a Segunda Guerra Mundial, alguns membros do subterrâneo nacionalista ucraniano lutaram contra nazistas e soviéticos, indistintamente, enquanto que outros colaboravam com ambos os lados. Em 1941, os invasores alemães e seus aliados do Eixo avançaram contra um desesperado Exército Vermelho. No cerco de Kiev, a cidade foi designada pelos soviéticos como "Cidade Heróica" pela feroz resistência do Exército Vermelho e da população local. Mais de 660 mil soldados soviéticos foram capturados ali. De início, os alemães foram recebidos como libertadores por muitos ucranianos, especialmente na Ucrânia Ocidental, que havia sido ocupada pelos soviéticos apenas em 1939. Entretanto, o controle alemão sobre os territórios ocupados não se preocupou em explorar o descontentamento ucraniano com as políticas soviéticas; ao revés, manteve as fazendas coletivas, executaram uma política de genocídio contra judeus e de deportação para trabalhar na Alemanha. Dessa forma, a maioria da população nos territórios ocupados passou a opor-se aos nazistas. As perdas totais civis durante a guerra e a ocupação alemã na Ucrânia são estimadas em entre cinco e oito milhões de pessoas, inclusive mais de meio milhão de judeus. Dos onze milhões de soldados soviéticos mortos em batalha, cerca de um-quarto eram ucranianos étnicos.


Com o término da Segunda Guerra Mundial, as fronteiras da Ucrânia soviética foram ampliadas na direção oeste, unindo a maior parte dos ucranianos sob uma única entidade política. A maioria da população não-ucraniana dos territórios anexados foi deportada. Após a guerra, a Ucrânia tornou-se membro das Nações Unidas. O colapso da União Soviética em 1991 permitiu a convocação de um referendo que resultou na proclamação da independência da Ucrânia. Em 2004, a chamada Revolução Laranja encerra a era Leonid Kuchma, levando ao poder Viktor Yushchenko. Dois anos depois, Viktor Yanukovych ascende ao cargo de primeiro-ministro.

A semana da moda ucraniana abriu as portas em Kiev com a apresentação das propostas primavera-verão de cinco estilistas. O evento vai na vigésima nona edição e revelou a criatividade de 42 criadores ucranianos.

Com uma área de 603.700 km², a Ucrânia é o 44° país do mundo em território, um pouco maior que o estado brasileiro de Minas Gerais ou que a soma das áreas da Espanha e de Portugal. É o segundo maior país da Europa, atrás da Rússia Europeia e à frente da França metropolitana. A paisagem ucraniana é formada principalmente por planícies férteis ou estepes, e planaltos, atravessados por rios como o Dniepre, Donets, Dniéster e Bug meridional, que correm na direção sul e escoam no Mar Negro e no pequeno Mar de Azov. A sudoeste, o delta do Danúbio serve de fronteira com a Romênia. Só se encontram montanhas a oeste, a cordilheira dos Cárpatos, cujo ponto culminante é o Hora Hoverla (2061 m), e no sudeste da península da Crimeia, a Cordilheira da Crimeia. O clima da Ucrânia é, em sua maior parte, temperado continental, embora se possa encontrar um clima mediterrâneo na costa meridional da Crimeia. A precipitação é maior no oeste e no norte e menor no leste e no sudeste. Os invernos são particularmente frios no interior; nos verões são particularmente quentes no sul. As principais cidades do país (por população) são Kiev, Carcóvia, Dnipropetrovsk, Odessa, Donetsk, Zaporíjia e Lviv.


Julho de 2002 - Um avião militar que participava de uma apresentação aérea em Lviv, no oeste da Ucrânia, caiu, matando pelo menos 66 pessoas e ferindo 51 em terra.

Legado de seu passado soviético, a Ucrânia hoje depende das fontes de energia russas, em especial gás natural, embora venha tentando diversificar a sua matriz energética. É porém auto-suficiente em termos de produção elétrica, devido a usinas nucleares e hidrelétricas. Em 2005, a Ucrânia foi o sétimo maior produtor de aço do mundo. No setor de manufaturados, o país fabrica equipamentos metalúrgicos, locomotivas a diesel, tratores e automóveis. A Ucrânia possui uma enorme base industrial de alta tecnologia, inclusive grande parte das antigas indústrias soviéticas de eletrônica, armamentos e espacial, embora estes setores sejam estatais e sofram com dificuldades na área de administração de negócios. O país é um grande produtor de trigo, açúcar, carne e laticínios.

A Ucrânia será a sede da próxima Eurocopa 2012, a máxima competição de futebol entre seleções da Europa. Trata-se de uma candidatura conjunta com sua vizinha Polônia. Será o primeiro grande evento esportivo disputado na Ucrânia depois da sua independência. Quando fazia parte da URSS, Kiev sediou uma partida de futebol nos Jogos Olímpicos de Moscovo em 1980. Os clubes de futebol mais conhecidos do país são Shakhtar Donetsk e Dínamo de Kiev.


Dnepropetrovsk, no interior da Ucrânia, foi considerada durante quase duas décadas a capital da máfia ucraniana. Mas graças ao cemitério da cidade, a reputação dela mudou bastante.


A organização feminista Femen é famosa na Ucrânia por promover protestos no país. O alvo é sempre o governo, que, segundo elas, impede que mulheres tenham acesso aos principais cargos públicos. Link para arquivo de imagem dos diversos protestos organizados pela:
http://www.4shared.com/file/YmXBqi-W/file.html

25OUT11 - Em Brasília, a presidenta Dilma Rousseff, recebeu o presidente da Ucrânia. Neste ano, comemoram-se os 120 anos da imigração ucraniana para o Brasil. De acordo com estimativas da Embaixada da Ucrânia, em Brasília, a comunidade ucraniana supera 400 mil pessoas. Os dois países desenvolvem diversos projetos comuns, principalmente na área de Ciência e Tecnologia. Um dos destaques da parceria é uma empresa binacional que desenvolve tecnologia para o lançamento de satélites, pelo Centro de Alcântara, no Maranhão.

VIRSKY = Balé Nacional da Ucrânia faz turnê pelo Brasil

Kiev é a capital da Ucrânia e, como Roma, está construída sobre sete colinas. É dominado por muitas igrejas e mosteiros. O Quartier Latin originou em 1837 de acordo com o projeto de Vicenti Beretti, com esplêndidos edifícios, tais como a Filarmônica Nacional e da Ópera Barroca e Teatro Ballet que é um edifício mais recente, porque o original pegou fogo logo após a sua construção. Um monumento único do esplendor arquitetônico e da cultura tem vista para a cidade alta, Sofiysky Sobor Catedral, que foi inspirado na Basílica de Santa Sofia em Istambul. A Igreja Ortodoxa é uma das várias religiões cristãs tradicionais a mais de conhecido que foi criada na Rússia. O rio da cidade é carinhosamente conhecido como Padre Dnepr. É grande e uma rota de comércio antiga entre o norte e o Mar Negro. O rio corre por baixo de sete pontes que ligam as duas seções da cidade. A Babi Yar Memorial está localizado na borda noroeste da cidade, uma vez de dois e um quilômetro de comprimento e meia 50 metros de profundidade Babi Yar Canyon. Hoje ela é conhecida como um lugar de desumanidade e brutos é um dos maiores túmulos em massa da história. Um lugar de tragédia e de contemplação. Após a independência, Kiev foi transformada. Esta cidade Soviética se transformou em uma metrópole do Leste Europeu. Mas a sua história, cultura e ambiente de tempos idos conseguiu sobreviver até aos dias de hoje.


UFO sobre kiev setembro 2011


Dança Folclórica Ucraniana

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